Modulo1 Aula 2 - Adjetivos, Artigos, Numerais, Pronomes





Objetivo
Aula 2 - Adjetivos, Artigos, Numerais, Pronomes
Nesta aula, vamos estudar as quatro classes de palavras acima mencionadas: adjetivo, artigo, numeral e pronome. Comecemos pelo adjetivo.

Editado por Diegodg3






ADJETIVOS
1. Definição
O sentido de um texto, como já foi colocado, centraliza-se na organização das palavras do ponto-de-vista morfológico com o objetivo de se ter um pensamento claro e coerente. A base são os substantivos, mas eles precisam ser caracterizados, ou seja, determinados e aí entram os elementos determinantes, que ajudam a formar o sentido intencionalmente dirigido. São eles: Adjetivos, Artigos, Numerais, Pronomes.
Portanto, preste atenção:

Adjetivos são determinantes colocados ao lado do substantivo (ad:prefixo que significa ao lado de) e que vão direcionar seu sentido.

2. Classificação dos Adjetivos:
Eles podem ser:
Uniformes: forma única para o masculino e o feminino.. A terminação desses adjetivos é, em geral, em -a, -e, -l, -m, -r, -s, e -z.
Ex: Homem Infeliz
      Mulher Infeliz
Outros exemplos:
Homem inteligente - mulher inteligente
Homem fútil - mulher fútil
Objeto comum - coisa comum
Homem feliz - mulher feliz

Biformes: uma forma para o masculino e outra para o feminino.
Ex: garoto alto.
       garotalta.
Simples: uma única palavra que determina o substantivo(independentemente se estar no plural ou no singular).
Ex: garoto rico - o adjetivo (rico) determina o substantivo garoto.
Compostos : formados por, pelo menos, 2 elementos.
Ex: paletó verde (simples) + escuro (simples) + verde-escuro (composto)
Pátrios: referem-se a continentes, países, regiões, cidades. exprimindo a nacionalidade ou a origem do ser.
Ex: árabes, italiano, sul-americano.

Todos esses adjetivos podem ainda ser classificados como:


a) restritivos: quando limitam, particularizam, restringem o significado de um substantivo. Exemplo: pedra preciosa, livro velho, bela casa;
b) explicativos: quando indicam uma qualidade que já é própria do substantivo. Exemplo: leite branco, pedra dura, gelo frio, sol quente.

 1. Flexões do Adjetivo
 3.1 Gênero
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere, possuindo, portanto, os gêneros masculino e feminino.
Em geral, a flexão de gênero dos adjetivos simples é idêntica à dos substantivos simples: bom/boa, burguês/burguesa, sofredor/sofredora.
Nos adjetivos compostos apenas o último elemento varia, desde que também seja adjetivo: encontro luso-brasileiro/sociedade luso-brasileira; tapete verde-escuro/saia verde-escura; hospital médico-cirúrgico/escola médico-cirúrgica.
Exceção: surdo-mudo/surda-muda.
 3.2 Número
3.2.1 Adjetivos Simples - Seguem a mesma flexão dos substantivos simples.

Exemplos:
cru = crus
feroz = ferozes
azul = azuis
são = sãos.


Obs.: Qualquer substantivo usado como adjetivo fica invariável. Ex.: cortinas violeta, ternos cinza, sapatos gelo, botões rosa, tons pastel.
3.2.2 Adjetivos Compostos
- Como norma geral, somente o último elemento se flexiona, desde que também seja adjetivo: olhos castanho-claros, festas cívico-religiosas, relações franco-brasileiras, folhas verde-escuras.
Exceção: surdo-mudo, que faz o plural surdos-mudos/surdas-mudas. Isso ocorre tanto na variação de masculino/feminino quanto na de singular/plural, porque, na realidade, esses adjetivos podem ser usados separadamente.
Exemplos:

As meninas estão surdas agora, pois a professora chamou-as à atenção.
As meninas ficaram mudas diante do acidente.
Os garotos, quando se trata de conselhos dos mais velhos, ficam surdos.
Há garotos que ficam mudos diante de garotas muito bonitas.
- Se o último elemento do adjetivo composto for substantivo, não haverá variação.
Exemplos:

camisas verde-limão
saias azul-pavão
tapetes verde-esmeralda
cuecas verde-oliva
olhos verde-mar.
No primeiro exemplo, camisas verde-limão, a palavra limão é um substantivo cujo plural é limões. Quando ela faz parte de um adjetivo composto, sua morfologia muda, tornando-se um adjetivo (referente a cor) e, por causa disso, fica  invariável, ou seja, sempre no singular.


Atenção: azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de- são sempre invariáveis.

3.3 Grau
Os adjetivos têm dois graus:
3.3.1 Comparativo: quando a qualidade que eles expressam está em comparação com a de outros seres, estabelecendo: 
a) uma igualdade (tão[tanto] ... quanto [como]): Paulo é tão alto quanto Maria.
b) uma inferioridade (menos ... [do] que): Paulo é menos alto que Maria.
c) uma superioridade (mais ... [do] que): Paulo é mais alto que Maria.
Portanto:                             
Grau Comparativo




Obs.: Evanildo Bechara, ao tratar do grau do adjetivo, afirma que Há três tipos de gradação na qualidade expressa pelo adjetivo: positivo, comparativo e superlativo , porém ele próprio reconhece que o positivo não se constitui a rigor numa gradação, enunciando simplesmente a qualidade. Exemplo: O rapaz é cuidadoso. 


3.3.2 Superlativo: a) absoluto: um ser apresenta uma qualidade em elevado grau. Exemplos: A prova foi muito fácil. A prova foi facílima.

b) relativo:
em comparação à totalidade dos seres que apresentam a mesma qualidade, um ser se sobressai por possuí-la em grau maior ou menor que os demais. Exemplos: A prova de português foi a mais (a menos) fácil de todas.
O superlativo relativo pode ser:
a) de superioridade (Maria é a mais nova da turma);

b) de inferioridade
(Maria é a menos nova da turma).
O superlativo absoluto divide-se em:
a) analítico, formado com a anteposição de palavra intensiva (como, por exemplo, muito, extremamente, etc.) ao adjetivo: Maria é muito nova.

b) sintético,
formado por meio de sufixo (o mais comum é -íssimo) acrescido ao adjetivo: Maria é novíssima.

Vejamos os principais superlativos:
 em -íssimo: amaríssimo (amargo); amicíssimo (amigo); antiqüíssimo (antigo); atrocíssimo (atroz); audacíssimo (audaz); belíssimo (belo); beneficentíssimo (benéfico); benevolentíssimo (benévolo); boníssimo (bom); claríssimo (claro); comuníssimo (comum); contumacíssimo (contumaz); crudelíssimo (cruel); cruíssimo (cru); dulcíssimo (doce); eficacíssimo (eficaz); feracíssimo (feraz); felicíssimo (feliz); ferocíssimo (feroz); frigidíssimo (frio); generalíssimo (geral); loquacíssimo (loquaz); legalíssimo (legal); magnificentíssimo (magnífico); nobilíssimo (nobre); notabilíssimo (notável); parcíssimo (parco); piíssimo (pio); regularíssimo (regular); sacratíssimo (sagrado); saníssimo (são); sapientíssimo (sapiente); seriíssimo (sério); simplicíssimo (simples); superbíssimo (soberbo); tenacíssimo (tenaz); utilíssimo (útil); vaníssimo (vão); velocíssimo (veloz); vulgaríssimo (vulgar) etc.
 em -imo: agílimo (ágil); dificílimo (difícil); docílimo (dócil); ductílimo (dúctil); facílimo (fácil); fragílimo (frágil); humílimo (humilde); simílimo (semelhante) etc.
 em -rimo: acérrimo (acre); aspérrimo (áspero); celebérrimo (célebre); libérrimo (livre); macérrimo (magro); misérrimo (mísero); paupérrimo (pobre); salubérrimo (salubre) etc.


Obs.: Veja as seguintes formações:

Frio = friÍssimo
Sério = seriÍssimo Pio = piÍssimo


Essas palavras têm construção que necessita da dobra da vogal pelo fato de que elas são formadas, ou seja, grafadas por ditongo io. Daí a utilização, quando se faz o superlativo absoluto sintético, de uma segunda vogal i, substituindo a vogal o.

3.3.3 Comparativos e Superlativos Irregulares
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno formam o comparativo e o superlativo de forma especial:
 Bom

  melhor (comparativo de superioridade);
  ótimo ou boníssimo (superlativo absoluto);
  o melhor (superlativo relativo);
Mau

  pior (comparativo de superioridade);
  péssimo (superlativo absoluto);
  o pior (superlativo relativo);
Grande

  maior (comparativo de superioridade);
  máximo ou grandíssimo (superlativo absoluto);
  o maior (superlativo relativo);
 Pequeno

  menor (comparativo de superioridade);
  mínimo ou pequeníssimo (superlativo absoluto);
  o menor (superlativo relativo).


Atenção: Só devem ser usadas as formas mais bom , mais grande e mais mau , mais pequeno quando comparamos duas qualidades de um mesmo ser. Ex.: Esta casa é mais grande do que pequena. Ele é mais mau do que bom. Seu plano é mais bom do que mau.                                                             
 2. Locução Adjetiva
Aproveitando que estamos estudando ADJETIVOS, vamos nos reportar ao que a gramática chama de LOCUÇÃO ADJETIVA.
Locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras (preposição + nome), com o mesmo valor e o mesmo sentido de um adjetivo. Tal locução pode, geralmente, ser substituída por um adjetivo de igual valor semântico:

Algumas locuções adjetivas, porém, como vemos acima, não possuem adjetivos correspondentes como, por exemplo: cavalo de pau, folha de papel, bolsa de pano, vida à-toa.
 
ARTIGOS
1. Definição
É a palavra que antecede o substantivo e tem por função individualizá-lo, dirigindo informação específica (determinar//definir) ou generalizar esse mesmo substantivo (indeterminando-o//indefinindo-o)
De acordo com essa definição, o artigo pode ser:

a) Definido (o, os, a, as): individualiza o substantivo;
b) Indefinido (um, uns, uma, umas): generaliza o substantivo
Ex.: Li no jornal o artigo sobre a guerra.
Li no jornal um artigo sobre a guerra.
Apesar de as duas frases serem praticamente as mesmas, a intencionalidade da informação muda em função do artigo usado; ou seja, no primeiro caso,é usado o artigo definido que visa especificar o artigo lido;no segundo, por causa do artigo indefinido, foi lido aleatoriamente um artigo que tinha a guerra como assunto.
Para verificar a diferença de sentido no emprego dos artigos, podemos usar a seguinte
Regra Prática: troca-se o artigo definido pelo demonstrativo aquele ou esse e o indefinido pelo pronome qualquer. Note que, o primeiro é particularizador (determina através da frase especificamente o objeto a que se faz referência) e o segundo, generalizador.
Portanto as informações são diferentes
2. - Observações sobre o emprego do artigo
2.1 Toda palavra antecedida de artigo torna-se um substantivo.
Exemplos: Um sim, o porquê, os ii, o cinco, etc.

2.2 Com o numeral ambos (e variação), o artigo é obrigatório e é colocado entre o numeral e o substantivo.
Ex: Ambas as pessoas foram honestas.
Ambos os garotos estão encrencados.
Nota: quando se usa o numeral AMBOS, aceita-se também a construção AMBOS OS DOIS, embora (essa construção constitui um PLEONASMO = repetição desnecessária), pois o numeral ambos somente se refere ao número 2.


2.3 Em geral, não se emprega o artigo antes de nomes próprios de cidades.
Exemplo: Estou em Paris.
Mas, se o nome próprio de cidade vier determinado por adjetivo ou expressão adjetiva, o artigo será obrigatório. Exemplo: Estou na famosa Paris. Estou na:


2.4- Todas as cidades vieram. Usa-se sempre todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de substantivo.
Exemplo: Todas as cinco (numeral seguido de substantivo) cidades virão.
Todas cinco (numeral não acompanhado de substantivo) virão.
2.5 É facultativo o uso do artigo antes dos pronomes possessivos.

Exemplos:
Aplaudiram a minha decisão.
Aplaudiram minha decisão.



O artigo está determinando o substantivo, ou seja, todas as pessoas, eram em 5.


Cuidado com construções do tipo: Aplaudiram a sua decisão e não a minha.


Se o pronome possessivo não vier seguido de substantivo é obrigatória a ocorrência do artigo.
2.6 Superlativo
Relativo: o uso do artigo é obrigatório. Não se usa artigo antes e depois do substantivo.
É correto: Tomou as decisões mais oportunas / Tomou decisões as mais oportunas.
É errado: Tomou as decisões as mais oportunas.

1.1 O artigo indefinido, usado antes de numeral, designa quantidade aproximada.
Exemplo: Faz uns dez anos que fui a Portugal.

1.2 O artigo pode combinar-se com preposições:
de + o = do / de + a = da / em + o = no / a + a = à / em + uma = numa, etc.


 III - NUMERAL Definição:
É a palavra de função quantificadora que denota valor definido (Evanildo Bechara).
O numeral divide-se em:
- Cardinal: indica uma quantidade determinada - um, dois, três.
- Ordinal: indica ordem ou posição ocupada numa determinada série - segundo, vigésimo, centésimo.
- Multiplicativo: indica multiplicação - duplo, triplo.
- Fracionário: indica divisão, fração - meio, terço, quinto.
 2. Observações sobre os Numerais
 Na leitura do cardinal (ou na escrita por extenso), coloca-se o e após as centenas e após as dezenas.
Exemplo: 623 - seiscentos e vinte e três.
 Se houver quatro algarismos, omite-se o e entre o primeiro algarismo e os demais.

Exemplo: 2.438 - dois mil, quatrocentos e trinta e oito.



Obs.: Se a centena começar por zero, o emprego do e é obrigatório. Exemplo: 5.062: cinco mil e sessenta e dois.


 Na designação de papas, reis, anos, séculos, capítulos, etc., usam-se os ordinais de um a dez e os cardinais de onze em diante. Exemplos: século V (quinto); século XXI (vinte e um); Pio XII (doze).
 Se o numeral aparece anteposto, é lido sempre como ordinal.
Exemplos:
XX Bienal do Livro (vigésima)
IV Festival da Canção (quarto).
 3. Flexão dos Numerais
3.1 Gênero
 Os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos têm flexão de gênero:
Duas alunas e um aluno foram premiados.
Dois alunos e uma aluna foram premiados.
A fazenda tem quatrocentas cabeças de gado.
 Os numerais ordinais variam em gênero: primeiro/primeira; quarto/quarta; décimo/décima.
 Os numerais multiplicativos que acompanham substantivo variam em gênero, concordando com o substantivo: dose tripla; sorvete duplo.
 O fracionário meio concorda em gênero com o substantivo a que se refere:
Comprou meio quilo de arroz.
Comprou meia dúzia de ovos.
3.2 Número
 Flexionam-se quanto ao número os numerais cardinais milhão, bilhão, etc.: um milhão/dois milhões; um bilhão/dois bilhões.
 Além de se flexionarem quanto ao gênero, os ordinais têm também flexão de número: o primeiro/os primeiros; a primeira/as primeiras.
 Quando acompanham substantivos, os multiplicativos flexionam-se em número, concordando com o substantivo: Ela tomou uma vitamina dupla. Ela tomou duas vitaminas duplas.
 Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que os acompanham: um quarto/dois quartos.
Atenção:
a) os termos anterior, posterior, derradeiro, extremo, final, último, penúltimo, etc. não são numerais, mas adjetivos;
b) os numerais a seguir apresentam mais de uma forma: undécimo ou décimo primeiro; duodécimo ou décimo segundo; catorze ou quatorze; septuagésimo ou setuagésimo; septingentésimo ou setingentésimo; nongentésimo ou noningentésimo.



PRONOMES
1. Definição:
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.
Quando substitui um substantivo, representando-o, temos pronome substantivo (Ele prestou socorro). Quando o pronome acompanha um substantivo, determinando-o, temos pronome adjetivo (Aquele rapaz é belo).
2. Tipos de Pronomes
Há seis tipos de pronome:
Pessoais

Possessivos

Demonstrativos

Indefinidos

Interrogativos

Relativos



2.1 - Pronomes Pessoais: 
São palavras que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso (ou pessoas gramaticais).
As pessoas do discurso são três:
1ª pessoa: quem fala, emissor (eu, nós)
2ª pessoa: com quem se fala, receptor (tu, vós)
3ª pessoa: de quem se fala, referente (ele, ela,eles, elas)
Os pronomes pessoais apresentam variações de forma, dependendo da função sintática que exercem na frase, dividindo-se em retos e oblíquos.

2.1.1 Pronomes Retos e Oblíquos

2.1.2 Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (formas de tratamento) estão enquadrados nos pronomes pessoais.
São empregados com referência à pessoa com quem se fala (2ª pessoa); entretanto, a concordância é feita com a 3ª pessoa.
Exemplos de pronomes de tratamento:
 você, vocês (no tratamento familiar)
 o Senhor, a Senhora (no tratamento de respeito)
 Vossa Senhoria (V.S.a): para pessoas de cerimônia, principalmente na correspondência comercial
 Vossa Excelência (V. Ex.a): para altas autoridades
 Vossa Reverendíssima (V. Rev.ma): para sacerdotes
 Vossa Eminência (V. Em.a): para cardeais
 Vossa Santidade (V.S.): para o Papa
 Vossa Majestade (V. M.): para reis, imperadores
 Vossa Alteza (V.A.): para príncipes, princesas e duques

2.1.3 Observações sobre o Emprego dos Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais retos exercem a função de sujeito, e pronomes pessoais oblíquos funcionam como objetos ou complementos.
Exemplo: Eu (sujeito) não a (objeto direto) amo.
Assim, há erros nestas frases:
Não há brigas entre eu e tu.
Não vive sem eu.
O correto é:
Não há brigas entre mim e ti.
Não vive sem mim.
Os pronomes eu e tu, depois de preposição, tornam-se mim e ti.
Entre mim e ti. (pronomes oblíquos)
     
(preposição)

Não fique contra mim.
Você foi sem mim.
Entretanto, quando há função subjetiva, ou seja, de sujeito, usam-se as formas retas.
Exemplos:
Não há nada para eu ler.
Entre eu correr e andar, opto pela primeira opção.
Não vá sem eu mandar.

As formas nós, vós, ele (e variações) são oblíquas quando regidas de preposição: Lutei contra ele.
Pagarei a ele mesmo.
Verbos terminados em r, s ou z e seguidos de pronome oblíquo o (ou variações) seguem a seguinte regra:
Os verbos perdem a mencionada terminação e o pronome adquire a forma lo (ou variações).

Exemplos:

comprar + o = comprá-lo;
fizemos + o = fizemo-lo;
fez + a = fê-la.
 Verbos terminados em som nasal e seguidos de pronome oblíquo o (ou variações) seguem esta regra:
O verbo se mantém da mesma forma, mas o pronome oblíquo adquire a forma no (ou variações).
Exemplos:

compram + o = compram-no
põe + a = põe-na.
 Você (e variação) e todos os pronomes de tratamento são de 2a pessoa (com quem se fala), mas levam o verbo à 3a pessoa e ficam também na 3ª pessoa os pronomes oblíquos e possessivos.
Exemplo: Vossa Majestade chegou com a sua corte.
Portanto:



Atenção: Usa-se Sua Excelência, Sua Alteza, etc., quando não se dirige à pessoa, ou seja, ela é a pessoa de quem se fala e não com quem se fala.

Exemplo: Sua Alteza está doente, por isso não pode atendê-los hoje.
Conosco e convosco podem ter a forma com nós e com vós somente quando acompanhados de palavra reforçativa (mesmos, próprios, todos, outros, dois, três, etc.) ou seguidos de aposto ou oração adjetiva.
Exemplos:

Deixaram o recado com nós mesmos.
As crianças vieram com nós, professores, e voltarão com vós três.
Caso contrário, sempre conosco e convosco: Deixaram o recado conosco.
 Se, si, consigo só podem funcionar como reflexivos, isto é, referem-se ao próprio sujeito do verbo.
Exemplos:

Ele se feriu. (= ele feriu ele mesmo)
Ela só falava de si mesma.
O jovem levou consigo a coragem e a sorte.
É errado dizer:

Preciso falar consigo.
Falamos muito de si ontem.
Correção:

Preciso falar com você.
Falamos muito de você ontem.
 Cuidado com construções deste tipo: Adoro ela. Hoje, não vi ela.
Não se empregam as formas retas no lugar das oblíquas. É correto: Adoro-a. Hoje, não a vi.
 O pronome o (e variações) funciona como objeto direto e o pronome lhe (e variação) tem a função de objeto indireto.
Exemplos:

Nós a amamos.
Eu o vi.
Ele não lhe entregou o presente.
Não lhe pagou a conta.
 Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto, dependendo do complemento exigido pelo verbo.
Exemplos:

Eles me viram. (viram - v. trans. direto / me - obj. dir.)
Ele me obedece. (obedece - v. trans. indireto / me obj. ind.)



2.2  Pronomes Possessivos
2.2.1 Observações
Os pronomes pessoais me, te, nos, vos, lhe(s), também podem indicar posse.

Exemplo:
Rasgaram-me a camisa./ Cortaram-lhe as folhas.

Quando o pronome seu (e variações) causa ambigüidade de sentido, é substituído pelas expressões dele(s), dela(s).

Exemplo:
Ele foi ao cinema com sua mãe (frase ambígua). Ele foi ao cinema com a mãe dele.

O pronome possessivo algumas vezes não tem somente o sentido de posse. Também é empregado indicando:
Aproximação. Ex: Aquela mulher tem seus sessenta anos.

Respeito. Ex: Por favor, minha senhora, sente-se aqui.

Afeto. Ex: Meu caro amigo.
Seu, nas expressões seu José, seu Mário, é redução de Senhor e não pronome possessivo



2.3 Pronomes Demonstrativos
Indicam, em relação às pessoas do discurso, a posição de algo, situando-o no tempo e/ou no espaço.
Portanto, de acordo com o quadro acima, os demonstrativos são estes:
1a pessoa - este(s), esta(s), isto;
2a pessoa - esse(s), essas(s), isso;
3a pessoa - aquele(s), aquela(s), aquilo.
Mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s), semelhante(s), tal(tais), o(s) e a(s) podem desempenhar papel de pronome demonstrativo.

2.3.1 Emprego dos Pronomes Demonstrativos
Quando se faz referência às pessoas do discurso, pretende-se ressaltar a pessoa que está falando e a posição do objeto em relação a ela.
Portanto:
1a pessoa: este(s), esta(s), isto - próximo de quem fala: Este caderno.
A intencionalidade de informação destaca o fato de que EU FALO e ESTOU PERTO DO OBJETO A QUE ME REFIRO - por isso o uso de ESTE, ESTA, ISTO.

 2a pessoa: esse(s), essa(s), isso - próximo da pessoa com quem se fala: Esse caderno.
A intencionalidade de informação destaca o fato de que EU FALO com ALGUÉM e O OBJETO A QUE ME REFIRO ESTÁ PERTO DA PESSOA COM QUEM EU FALO - por isso o uso de ESSE, ESSA, ISSO.
 3a pessoa: aquele(s), aquela(s), aquilo - longe tanto de quem fala quanto da pessoa com quem se fala: Aquele caderno.
A intencionalidade de informação destaca o fato de que EU FALO com ALGUÉM e  O OBJETO A QUE ME REFIRO ESTÁ LONGE DE MIM E DA PESSOA COM QUEM EU FALO - por isso o uso de AQUELE, AQUELA, AQUILO.
Advérbios de lugar (aqui, ali, lá, aí, cá etc.) podem relacionar-se com os pronomes demonstrativos.
Exemplos:
Este carro que aqui está é meu.
Esse carro que aí está é meu.
Aquele carro que lá está é meu.
Em um texto, usamos:
 este (e variações) e isto para indicar aquilo que vamos mencionar.
Exemplos:
Os tipos de cores disponíveis são estas: amarelo e azul.
Só posso lhe dizer isto: não pagarei.
 esse (e variações) e isso para indicar aquilo que já mencionamos.
Exemplos:
O Brasil é o país do futuro. Isso é falso.
Amor, essa palavra é eterna.
 quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas, usa-se este (e variações) para a última e aquele (e variações) para a primeira.
Exemplo:
A seleção do Brasil jogará com a da França. Esta está treinando e aquela nem começou.
Mesmo (e variações) e próprio (e variações) ocorrem em dois casos:
a) designam um termo idêntico a outro que já ocorreu anteriormente no discurso.
Exemplo:
Os políticos não se alteram: são sempre os mesmos.
b) são usados como reforço dos pronomes pessoais e nomes. Concordam em gênero e número.
Exemplo:
Eu mesma resolvi o problema.
Eles próprios arrumaram a casa.
Maria mesma fez os negócios.
O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a aquilo, isso ou aquele (e variações).
Exemplos:
Recuso o (= aquilo) que eles propõem.
As (= aquelas) que mais insistiram, mais desfrutaram.
Tal e semelhante (e respectivos plurais) retomam elementos anteriores com significado idêntico a esse, essa, aquele, aquela, isto, isso, aquilo.
Exemplos:
Tal era a situação do país.
Não havia razões para que ele dissesse semelhantes absurdos.
Nisto e nisso, em início de frase, significam então, nesse momento, no mesmo instante.
Exemplos:
Nisso deu o vento e a folha caiu.
A menina ia cair; nisto o pai a segurou.

2.4 Pronomes Indefinidos
Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico. Podem fazer referência a pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade indeterminada.

São locuções pronominais indefinidas: cada um, cada qual, qualquer um, todo aquele que, seja qual for, seja quem for, tal e tal, um ou outro, etc.


2.4.1 Observações sobre o Emprego dos Pronomes Indefinidos
Cuidado com a posição de alguns pronomes indefinidos, pois sua anteposição ou posposição pode mudar o sentido da oração.
O pronome indefinido algum, por exemplo, tem sentido afirmativo quando anteposto ao substantivo (= colocado antes do substantivo).
Exemplos:
Algum recado ainda resta.
Sentido afirmativo: ainda existem recados.

Quando algum vem após o substantivo a que se refere assume sentido negativo (= nenhum).
Exemplo: Computador algum resolverá o problema.
 Sentido negativo: Nenhum computador resolverá o problema.
 Cada é empregado como pronome adjetivo com estes valores:
a) discriminativo: Em cada porta, em cada esquina, ofertas de cartões-postais.
b) intensivo: Você tem cada mania!

Observação: Na linguagem formal, cada é empregado sempre como pronome adjetivo. No caso de faltar o substantivo a que ele se refere, o pronome será substituído pelas locuções cada um e cada qual.
Na linguagem informal, cada é utilizado como pronome substantivo.
Exemplos:
 Aqueles objetos custaram caro.
Custaram alguns milhares de reais cada.
 Cuidado com o uso de certo.
 É pronome indefinido se vier antes do nome a que estiver se referindo.
Exemplos:
Certos exercícios são complexos.
 Posposto ao substantivo, certo é adjetivo, com sentido de correto, adequado, verdadeiro, ajustado.
Exemplos:
No dia certo, ela resolveu sair de casa. 
Escolheram o homem certo.
Veja um exemplo com os dois sentidos de certo:
Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos.                                                                 
pronome                                                     adjetivo
indefinido
Todo, no singular e junto de artigo, significa inteiro, completo, total.
Todo o + substantivo = inteiro, completo, total.
Exemplos:
Li todo o livro. (= Li o livro inteiro).
Li todo o texto em menos de uma hora. (= o texto inteiro)
Todo + substantivo significa cada um, qualquer e dá idéia de plural.
Todo homem é mortal. (Qualquer homem é mortal = todos os homens são mortais)
Qualquer é a única palavra portuguesa que possui desinência plural média (= no meio da palavra): qualquer dúvida / quaisquer dúvidas.
O pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio.

Exemplo: Ele não está nada contente hoje.

O pronome outro (e variações) ganha valor adjetivo se equivaler a diferente.

Exemplo: Ela voltou outra das férias. 




2.5 - Pronomes Interrogativos:
São os indefinidos que, quem, qual (e variação) e quanto (e variações), usados em frases interrogativas (diretas ou indiretas). Referem-se à terceira pessoa do discurso. 
Exemplos de interrogativas diretas:
Que idéia é essa?
Quem fez isso?
Qual time ganhou?
Quantos virão?
Exemplo de interrogativa indireta:
Perguntei que idéia é essa.
2.5.1 Uso dos Pronomes Interrogativos
As frases interrogativas diretas têm o pronome interrogativo no início e terminam por ponto de interrogação: Quem está chegando?
As frases interrogativas indiretas trazem os pronomes interrogativos após os verbos saber, perguntar, indagar, ignorar, verificar, ver, etc. Terminam por ponto final.

Exemplos:

Ignoro quem está chegando.
Sabe quem fez isso.

2.6- PRONOMES RELATIVOS

Referem-se a um termo da oração anterior e, ao mesmo tempo, introduzem uma oração dependente. Ou seja, os pronomes relativos aparecem em períodos compostos (com pelo menos duas orações).
Exemplo:
A casa que fizemos é bonita.
Nessa oração, o pronome relativo que refere-se à palavra casa e introduz uma oração dependente dessa palavra (A casa é bonita. Fizemos a casa).
São eles

2.6.1 Emprego dos Pronomes Relativos

 Que - é o mais usado, e o nome que o antecede pode ser substantivo ou pronome.
Exemplos:
A menina, que é bonita, saiu. (A menina saiu. A menina é bonita)
Tomando-se como base esse exemplo, temos:
Que pronome relativo, pois substitui a palavra menina, termo antecedente.
Observação: No português contemporâneo, o pronome relativo que só deve ser antecedido de preposição monossilábica (em, de, com, a, etc.).
Exemplos:
A casa em que moro fica na Avenida Paulista.
Comprei a casa a que você se referiu.

Cuidado: com as preposições sem e sob, usa-se sempre a forma o qual (e variações).
Exemplos:
Conheci uma pessoa sem a qual já não posso viver.
Esse é um regime totalitário sob o qual todos são obrigados a viver.
 O qual (e variações)
Usado com as preposições dissílabas e trissílabas, com as locuções prepositivas e com as preposições monossilábicas sem e sob.
Exemplos:
O jantar para o qual fui convidado será às 8 h.
As imagens perante as quais nos ajoelhamos são sagradas.
Esse é o edifício junto ao qual ficamos esperando os alunos.

Usado com certos pronomes indefinidos (alguns, pouco, muitos, etc.), com os numerais e com os superlativos.

Exemplos:
Conheci diversas pessoas, algumas das quais muito simpáticas.
Comprei quatro livros, três dos quais sobre a língua nacional.
Para se evitar ambigüidade (duplo sentido), em alguns casos usa-se o qual / a qual no lugar do pronome relativo que.
Exemplo:
Não conheço o pai da menina que caiu.
Pai e menina são substantivos que podem ser substituídos por pronome relativo e, por isso, não se sabe ao certo quem sofreu a ação, ou seja, quem caiu - tanto pode ser o pai quanto a menina - porque o pronome relativo que é invariável, substituindo masculino e feminino indiferentemente.
Daí a necessidade de se usar o pronome relativo o qual (se foi o pai que caiu) ou a qual (se foi a menina que caiu) para estabelecer a diferença e tornar o sentido claro.
Sem a ambigüidade, temos:
Não conheço o pai da menina a qual caiu.  (a menina caiu).
Não conheço o pai da menina o qual caiu. (o pai caiu).
 Quem
Refere-se a pessoas e sempre aparece antecedido de preposição a, no caso de verbo transitivo direto.
Não sendo o verbo transitivo direto, o pronome relativo quem será precedido da preposição exigida pelo verbo ou pelo nome.
Exemplos:
O papa a quem mais admiro é Pio XII. (admirar = verbo transitivo direto)
Todos já conhecem a pessoa a quem amamos. (amar = verbo transitivo direto)
O funcionário por quem fui atendido foi gentil. (ser atendido = verbo transitivo indireto)
Conheceu uma pessoa de quem ficou enamorado. (ficar enamorado = transitividade indireta).
 Cujo (e variações)
Indica a idéia de posse e refere-se a um nome antecedente, porém concorda (em gênero e número) com o nome seguinte.
Exemplo:
O cavalo é um animal cujo pelo é liso.
Esta é a árvore cujas folhas caem. (refere-se à árvore, mas concorda com folhas)
                                
               subst.          subst.
Antes e depois do pronome relativo cujo (e variações), nunca ocorre artigo.
Onde é pronome relativo quando equivale a em que, no(s) qual(ais), na(s) qual(ais).
Exemplos:
Esta é a terra onde habito. (Esta é a terra em que/na qual habito)
Conheço a cidade onde nasceu o presidente.
O pronome relativo onde é somente usado para indicar lugar. Em outras situações, usamos a locução em que.

Portanto, evite construções do tipo:
A vida moderna é uma situação onde todos nós estamos sujeitos a fatos constrangedores.
A gramática da Língua Portuguesa é um assunto onde todos nós temos dificuldades de compreensão.
A forma correta seria:
A vida moderna é uma situação em que todos nós estamos sujeitos a fatos constrangedores.
A gramática da Língua Portuguesa é um assunto em que todos nós temos dificuldades de compreensão.
 Quanto (e variações) é pronome relativo quando tem por antecedente os indefinidos tanto (ou variações), todo (e variações) e tudo.
Exemplos:
Recolheu tudo quanto viu. (Recolheu tudo que viu)
Bebia toda a água quanta lhe davam. (Bebia toda a água que lhe davam)
O candidato esqueceu-se de tudo quanto prometera. (O candidato esqueceu-se de tudo que prometera)
Atenção:
Os pronomes relativos devem sujeitar-se à regência dos nomes e dos verbos a que estão subordinados.

Exemplos:
Havia regras a que nos opúnhamos (opor-se a).
Havia regras com que não concordávamos (concordar com).
Havia regras de que desconfiávamos (desconfiar de).



Português Módulo 1 - Aula 2
Nessa aula, vimos os adjetivos, os artigos, os numerais e os pronomes.
ADJETIVOS: são determinantes colocados ao lado do substantivo e que vão direcionar seu sentido.
Eles podem ser: a) uniformes: forma única para o masculino e o feminino.
b)biformes: tem uma forma para o masculino e outra para o feminino.
c)simples: uma única palavra que determina o substantivo
d) Compostos : formados por, pelo menos, 2 elementos,
e) pátrios: referem - se a continentes, países, regiões, cidades, exprimindo a nacionalidade ou a origem do ser.
Todos esses adjetivos podem ainda ser classificados como: a) restritivos: quando limitam, particularizam, restringem o significado de um substantivo; b) explicativos: quando indicam uma qualidade que já é própria do substantivo. Exemplo: leite branco, pedra dura, gelo frio, sol quente.
O adjetivo flexiona-se em gênero, número e grau.
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere, possuindo, portanto, os gêneros masculino e feminino.
Gênero
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere, possuindo, portanto, os gêneros masculino e feminino.
Em geral, a flexão de gênero dos adjetivos simples é idêntica à dos substantivos simples. Nos adjetivos compostos apenas o último elemento varia, desde que também seja adjetivo.
Número
Os adjetivos simples seguem a mesma flexão dos substantivos simples.

Obs.: Qualquer substantivo usado como adjetivo fica invariável.

Nos adjetivos compostos:
- Como norma geral, somente o último elemento se flexiona, desde que também seja adjetivo.
- Se o último elemento do adjetivo composto for substantivo, não haverá variação.
Grau
Os adjetivos têm dois graus: a) comparativo; b) superlativo.
O comparativo pode ser de: a) igualdade; b) inferioridade; c) superioridade.
O superlativo pode ser: a) absoluto; b) relativo.
O superlativo relativo pode ser: a) de superioridade; b) de inferioridade.
O superlativo absoluto divide-se em: a) analítico; b) sintético.
Locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras (preposição + nome), com o mesmo valor e o mesmo sentido de um adjetivo. Tal locução pode, geralmente, ser substituída por um adjetivo de igual valor semântico.      
Artigo é a palavra que antecede o substantivo e tem por função individualizá-lo, dirigindo informação específica (determinar/definir), ou generalizar esse mesmo substantivo (indeterminar/indefinir).
De acordo com essa definição, o artigo pode ser: a) definido; b) indefinido.
Toda palavra antecedida de artigo torna-se um substantivo.
Com o numeral ambos (e variação), o artigo é obrigatório e é colocado entre o numeral e o substantivo.
Em geral, não se emprega o artigo antes dos nomes próprios de cidades. Mas, se o nome próprio de cidade vier determinado por adjetivo ou expressão adjetiva, o artigo será obrigatório.
Usa-se sempre todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de substantivo.
É facultativo o uso do artigo antes dos pronomes possessivos.
No superlativo relativo, o uso do artigo é obrigatório, mas não se usa o artigo antes e depois do substantivo.
O artigo indefinido, usado antes de numeral, designa quantidade aproximada.
O artigo pode combinar-se com preposições.
Numeral
É a palavra de função quantificadora que denota valor definido.
O numeral divide-se em: a) Cardinal: indica uma quantidade determinada; b) Ordinal: indica ordem ou posição ocupada numa determinada série; c) Multiplicativo: indica multiplicação; d) Fracionário: indica divisão, fração.
Na leitura do cardinal (ou na escrita por extenso), coloca-se o e após as centenas e após as dezenas.
Se houver quatro algarismos, omite-se o e entre o primeiro algarismo e os demais.
Se a centena começar por zero, o emprego do e é obrigatório.
Na designação de papas, reis, anos, séculos, capítulos, etc., usam-se os ordinais de um a dez e os cardinais de onze em diante.
Se o numeral aparece anteposto, é lido sempre como ordinal.
Os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos têm flexão de gênero.
Os numerais ordinais variam em gênero.
Os numerais multiplicativos que acompanham substantivo variam em gênero, concordando com o substantivo.
O fracionário meio concorda em gênero com o substantivo a que se refere.
Flexionam-se quanto ao número os numerais cardinais milhão, bilhão, etc.
Além de se flexionarem quanto ao gênero, os ordinais têm também flexão de número.
Quando acompanham substantivos, os multiplicativos flexionam-se em número, concordando com o substantivo.
Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que os acompanham.
Pronomes
Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.
Há seis tipos de pronome: pessoais; possessivos; demonstrativos; indefinidos; interrogativos; relativos.
Pronomes pessoais são palavras que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso (ou pessoas gramaticais).
Os pronomes pessoais apresentam variações de forma, dependendo da função sintática que exercem na frase, dividindo-se em retos e oblíquos.
Os pronomes de tratamento (formas de tratamento) estão enquadrados nos pronomes pessoais.
São empregados como referência à pessoa com quem se fala (2ª pess.); entretanto, a concordância é feita com a 3ª pessoa.
Os pronomes possessivos fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo. Concordam em pessoa com o possuidor, mas em gênero e número com a coisa possuída.
Os pronomes demonstrativos indicam, em relação às pessoas do discurso, a posição de algo, situando-o no tempo e/ou no espaço.
Os pronomes indefinidos referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico. Podem fazer referência a pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade indeterminada.
Pronomes indefinidos são os indefinidos que, quem, qual (e variação) e quanto (e variações), usados em frases interrogativas (diretas ou indiretas). Referem-se à terceira pessoa do discurso. 
Pronomes Relativos - referem-se a um termo da oração anterior e, ao mesmo tempo, introduzem uma oração dependente. Ou seja, os pronomes relativos aparecem em períodos compostos (com pelo menos duas orações).




Pergunta:
Assinale a alternativa correta quanto à classificação do grau dos adjetivos: " José é pior do que aquele outro menino".






Pergunta:
Relativamente à concordância dos adjetivos compostos no plural designativos de cor, uma está incorreta. Assinale-a.

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